quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Desembargador afirma que greve é legal





Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012 - 09:54h   
O desembargador Amaral Wilson de Oliveira, relator do recurso proposto pelo Sintego contra a liminar que mandou os educadores suspenderem a greve, afirma, no julgamento do caso, que a greve é legal e que não procedem as declarações do governo estadual e da imprensa de que a paralisação é ilegal. Ele considerou abusiva a multa diária de R$ 30 mil e recomenda a suspensão.
A declaração do desembargador e a anulação da multa reforçam a legitimidade das reivindicações do Sintego e dão mais força ao movimento, que teve início no dia 6. O número de escolas que estão aderindo à greve é cada vez maior, o que tem aumentado ainda mais o desespero do governo estadual, que ainda se recusa a negociar com os educadores.
O posicionamento do relator do caso contraria a política de ameaça e retaliação da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que tem assediado professores com informações de corte de ponto e exoneração de profissionais em estágio probatório. "Já estávamos estudando a possibilidade de entrar com uma ação por assédio moral. Com a declaração do desembargador, fica mais claro que o terrorismo praticado pela Seduc não tem nenhuma sustentação. O trabalhador está em uma greve legal e a Constituição garante esse direito a ele", disse Iêda Leal, presidente do Sintego.
A presidente do sindicato, que acompanhou o julgamento, disse que foi visto pelo relator como muito positivo as manifestações do Sintego em negociar com o governo. "Demonstramos nossa intenção de negociar e quem está fechado ao diálogo é o governo. O que está em discussão não é mais a legalidade ou não da greve. Ela não é ilegal e isso ficou claro", disse.
O julgamento do caso foi adiado para a próxima sessão da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça após o pedido de vistas de um desembargador. A próxima sessão está prevista para depois do carnaval. (SINTEGO, 14/02/12)

Nenhum comentário: