UNIDADE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES
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“Proletários de todo o mundo, uni-vos!” Com essa emblemática frase, Marx e Engels encerram o manifesto comunista, proferido em 1848, logo após a realização do I Congresso Internacional da Liga dos Justos,
movimento operário de origem inglesa que tinha seguidores de toda a
Europa. O problema dos trabalhadores naquela época não era diferente dos
de hoje: opressão e exploração do trabalhador por parte da burguesia
capitalista.
Aqui no Brasil, por essa época, ainda
estávamos a dar os primeiros passos na construção da imagem de uma nação
monarquista e escravocrata. O capital inglês já operava por aqui. O
poder político estava nas mãos dos barões. Os presidentes das províncias
assim como o poder legislativo eram submissos ao monarca que por sua
vez estava submisso ao controle internacional.
Muita coisa mudou de lá pra cá em termos
de organização social. Depois de muitos percalços chegamos a um patamar
mínimo de democracia. Mudamos o sistema de governo, embora as misérias
continuem. Mudamos o sistema de trabalho, embora ainda haja exploração.
Criou-se leis trabalhistas, organizações sindicais, associações, o voto
direto: hoje o cidadão tem o direito de escolher quem ele quer como seu
representante no executivo e no judiciário.
Sabemos que muita coisa precisa melhorar
para que o voto do cidadão seja de fato um ato de escolha. Há muitas
denúncias de compras e vendas de votos por todo o país. A maioria dos
políticos que ai está para nos representar é corrupta. Independente de
partido ou de tendência partidária, há pessoas honestas e pessoas
corruptas querendo ganhar um cargo eletivo.
As políticas e as leis que são
realizadas e criadas, respectivamente, são pensadas para proteger o
investidor, o produtor burguês, o patrão. Não estou dizendo que não
devam existir aparatos legais para proteger quem investe e quem produz.
Precisamos de produção, precisamos de investimentos. Mas,
principalmente, precisamos de leis que protejam o trabalhador.
Precisamos ter a certeza de um retorno justo pelas horas de trabalhos
executadas. Precisamos que as garantias constitucionais tornem-se
realidades. Precisamos que filho de pobre que estuda em escolas
públicas, não precise de cotas para ingressar em uma universidade.
Precisamos que o pai de família, trabalhador assalariado, não tenha que
deixar de comprar o que comer para comprar um caderno para o filho
estudar.
Todas essas conquistas são possíveis de
acontecer se a classe trabalhadora estiver Unida com base em um
Socialismo real. Partidos há que se propõem a lutar pelos trabalhadores.
No entanto, muitos deles ou se vendem a outros interesses ou ficam
ananicados, comprimidos em ideias pouco aplicáveis à realidade.
Tendências partidárias que não conseguem sair dos muros das
universidades federais não servem para representar os trabalhadores, que
estão cá de fora, no mundo real.
Nós, trabalhadores, que sofremos no dia a
dia, às vezes sem ter o que comer, às vezes sem ter como pagar as
contas no final do mês, às vezes sem ter como levar o filho a um médico,
ou mesmo na praça pública para brincar porque o menino não tem um
calçado. Nós, que estamos na base de sustentação desse país, precisamos
nos unirmos. Precisamos lutar pela Unidade Socialista dos Trabalhadores!
Essa unidade é que nos dá forças.
(Aurismar Lopes Queiroz)
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