A luta pela Gestão democrática nas Escolas!
*Joyce Cordeiro Rebelo
A questão relacionada às eleições diretas nas escolas
tem sido alvo de inquietações de quem está dentro do leque educacional local e
até dos que estão atuando fora deste contexto, em sua maior parte na esfera
estadual e federal, justamente por causa de uma promessa de campanha em que o
atual prefeito João Salame, tanto propagou e faz questão de implementá-la, bem
como também pela bandeira histórica de luta que o Sintepp vem levantando e debatendo
há anos atrás, seguindo a lógica até mesmo do nosso último XX Congresso
Estadual 2012, ao qual participamos ativamente defendendo nossa Tese – Unidos
pra Lutar, enquanto que outros continuavam propondo que tínhamos que voltar
para as fileiras da CUT . Tendo em vista isso, Qual é o problema?
Para nós nenhum, uma vez que a Eleição Direta nas
Escolas nos proporcionará a prática democrática de elegermos quem melhor possa
desenvolver não somente o trabalho mero administrativo, como se tem feito em
várias esferas que se circunscrevem no eixo educacional, mas para além deste
fator, poderão ter em suas mãos a decisão de consolidar uma verdadeira
transformação e organização referentes ao ambiente escolar e profissional ao
qual está sujeito, entre várias questões, contribuindo na extinção de uma vez
por todas do clientelismo, da ditadura e do assédio moral, instalados dentro
dos Estabelecimentos de Ensino.
A concepção de que a Comunidade Escolar precisa
efetivamente participar deste processo tem sido levantado por setores
organizados na sociedade que sabem exatamente onde irão atuar. Esse é um ponto
de debate polêmico. A Redemocratização na Escola não pode e não deve virar
palco de propaganda e perpetuação política de partidos ou até mesmo de
correntes arbitrárias que não conseguem compreender que este espaço está a
serviço do desenvolvimento educacional de nosso país e NÃO se configura como um
mero espaço de distribuição de “brindes e promessas”, como forma de ludibriar
uma massa significativa que não participa da vida escolar de seus filhos, salvo
os que efetivamente estão diuturnamente nas Secretarias Escolares solicitando
parecer favorável ou não de seus filhos.
Desta forma, estão tentando consolidar a idéia de que
temos que seguir modelos prontos e acabados seguindo “exemplos” no Brasil, como
o caso de Porto Alegre, MEDEIROS, (____)- (Não conseguimos fonte confiável deste
Artigo, e lamentamos que o Artigo não debata os problemas políticos pertinentes
a Corrupção). Mas nos intriga uma
questão pertinente ao elo educacional: Porque estes setores não questionaram a
nomeação de Maurílio Monteiro como Reitor Pro Tempore da Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará-UNIFESSPA, sem eleição democrática? Será que é porque
ele foi nomeado pela Presidente Dilma Roussef (PT-PMDB)? Porque a Comunidade
não participa das eleições para coordenação dos Campis? Isso não deveria
acontecer? Haja vista que todos nós estamos dentro do mesmo elo Educacional,
independente do Município, Estado e União.
Essa força de politicagem que está vestida de
autoridade para falar em nome da comunidade escolar está correndo um sério
risco de Manipulação, observando o que tem enviesado por trás desta discussão:
seus vereadores, secretários e lideres partidários, que estarão jogando
dinheiro nas direções dessas escolas. Assim compreendemos que nossa tarefa é
desconstruir essas afirmações enganadoras que podem comprometer o trabalho e
desenvolvimento da Educação que queremos nas escolas.
O direito universal deve ser seguido com ADVERTÊNCIAS
de autonomia das escolas, sem seguir os ditos direitos que podem nos levar a
corrupção instalada dentro das escolas, obedecendo ao critério impar
primordialmente de terem vozes ecoadas neste processo, primeiramente: OS
TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO, que foram ao longo de mais de 15 anos espoliados e
massacrados por direções altamente autoritárias e arbitrárias, para depois
discutirmos a participação dos Alunos e da Comunidade Escolar, para que assim
os Estabelecimentos de Ensino não se subvertam em palco eleitoral, como pudemos
experimentar empiricamente nas últimas Eleições Municipais 2012.
Para concluir, não precisamos encontrar modelos
prontos e acabados somente com o propósito de aplicá-los frente à lógica
neoliberal instalada atualmente, como fazem os canais de televisão e o
agronegócio importando modos, cultura e produção dos países de 1º mundo, mas necessitamos
de novos Paradigmas na Educação, que quebre com esta lógica global e o discurso
superficial de que a participação popular é impar neste processo. Quem dará
conta destes corruptos e corruptores neste processo? Essa ordem instalada
dentro do sistema capitalista nos induz ao erro em que podemos perecer
antecipadamente por conta de indivíduos que estão em outra esfera e acabam
insistindo na idéia que devem meter o bedelho no trabalho sindical que estamos
desenvolvendo. Será posto o debate em Assembléia Geral, e queremos ouvir as vozes
dos trabalhadores: que grevaram em 2009, 2010, 2012; os que acompanharam a
construção do PCCR em 2011; os que foram perseguidos por diretores; os que
respondem processo administrativo indevido sem conhecimento prévio; aos que são
explorados além de sua jornada de trabalho; Aos que não tem o direito de fala
em seu local de trabalho; aos perseguidos politicamente por posições políticas
coerentes relacionadas aos seus direitos trabalhistas; e bem como, aqueles que
em 2009 fizeram campanhas nas escolas para o Ex- Secretário de Educação Ney
Calandrini (PR) do Ex-Governo Maurino Magalhães (PR), iludidos com lista
tríplice que sustentava a ideia que estava consolidando uma proposta
democrática com viés de participação popular, que na prática nunca se
concretizou. ELEIÇÕES DIRETAS JÁ! PELA
REDEMOCRATIZAÇÃO EM NOSSAS ESCOLAS!
*É Secretária Geral do
Sintepp-Marabá e membro da Direção Estadual e Regional.
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