terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Coordenadora Estadual se manifesta sobre Eleição de Diretores em Marabá



A luta pela Gestão democrática nas Escolas!

*Joyce Cordeiro Rebelo

A questão relacionada às eleições diretas nas escolas tem sido alvo de inquietações de quem está dentro do leque educacional local e até dos que estão atuando fora deste contexto, em sua maior parte na esfera estadual e federal, justamente por causa de uma promessa de campanha em que o atual prefeito João Salame, tanto propagou e faz questão de implementá-la, bem como também pela bandeira histórica de luta que o Sintepp vem levantando e debatendo há anos atrás, seguindo a lógica até mesmo do nosso último XX Congresso Estadual 2012, ao qual participamos ativamente defendendo nossa Tese – Unidos pra Lutar, enquanto que outros continuavam propondo que tínhamos que voltar para as fileiras da CUT . Tendo em vista isso, Qual é o problema?
Para nós nenhum, uma vez que a Eleição Direta nas Escolas nos proporcionará a prática democrática de elegermos quem melhor possa desenvolver não somente o trabalho mero administrativo, como se tem feito em várias esferas que se circunscrevem no eixo educacional, mas para além deste fator, poderão ter em suas mãos a decisão de consolidar uma verdadeira transformação e organização referentes ao ambiente escolar e profissional ao qual está sujeito, entre várias questões, contribuindo na extinção de uma vez por todas do clientelismo, da ditadura e do assédio moral, instalados dentro dos Estabelecimentos de Ensino.
A concepção de que a Comunidade Escolar precisa efetivamente participar deste processo tem sido levantado por setores organizados na sociedade que sabem exatamente onde irão atuar. Esse é um ponto de debate polêmico. A Redemocratização na Escola não pode e não deve virar palco de propaganda e perpetuação política de partidos ou até mesmo de correntes arbitrárias que não conseguem compreender que este espaço está a serviço do desenvolvimento educacional de nosso país e NÃO se configura como um mero espaço de distribuição de “brindes e promessas”, como forma de ludibriar uma massa significativa que não participa da vida escolar de seus filhos, salvo os que efetivamente estão diuturnamente nas Secretarias Escolares solicitando parecer favorável ou não de seus filhos.
Desta forma, estão tentando consolidar a idéia de que temos que seguir modelos prontos e acabados seguindo “exemplos” no Brasil, como o caso de Porto Alegre, MEDEIROS, (____)- (Não conseguimos fonte confiável deste Artigo, e lamentamos que o Artigo não debata os problemas políticos pertinentes a Corrupção). Mas nos intriga uma questão pertinente ao elo educacional: Porque estes setores não questionaram a nomeação de Maurílio Monteiro como Reitor Pro Tempore da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará-UNIFESSPA, sem eleição democrática? Será que é porque ele foi nomeado pela Presidente Dilma Roussef (PT-PMDB)? Porque a Comunidade não participa das eleições para coordenação dos Campis? Isso não deveria acontecer? Haja vista que todos nós estamos dentro do mesmo elo Educacional, independente do Município, Estado e União.
Essa força de politicagem que está vestida de autoridade para falar em nome da comunidade escolar está correndo um sério risco de Manipulação, observando o que tem enviesado por trás desta discussão: seus vereadores, secretários e lideres partidários, que estarão jogando dinheiro nas direções dessas escolas. Assim compreendemos que nossa tarefa é desconstruir essas afirmações enganadoras que podem comprometer o trabalho e desenvolvimento da Educação que queremos nas escolas.
O direito universal deve ser seguido com ADVERTÊNCIAS de autonomia das escolas, sem seguir os ditos direitos que podem nos levar a corrupção instalada dentro das escolas, obedecendo ao critério impar primordialmente de terem vozes ecoadas neste processo, primeiramente: OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO, que foram ao longo de mais de 15 anos espoliados e massacrados por direções altamente autoritárias e arbitrárias, para depois discutirmos a participação dos Alunos e da Comunidade Escolar, para que assim os Estabelecimentos de Ensino não se subvertam em palco eleitoral, como pudemos experimentar empiricamente nas últimas Eleições Municipais 2012.
Para concluir, não precisamos encontrar modelos prontos e acabados somente com o propósito de aplicá-los frente à lógica neoliberal instalada atualmente, como fazem os canais de televisão e o agronegócio importando modos, cultura e produção dos países de 1º mundo, mas necessitamos de novos Paradigmas na Educação, que quebre com esta lógica global e o discurso superficial de que a participação popular é impar neste processo. Quem dará conta destes corruptos e corruptores neste processo? Essa ordem instalada dentro do sistema capitalista nos induz ao erro em que podemos perecer antecipadamente por conta de indivíduos que estão em outra esfera e acabam insistindo na idéia que devem meter o bedelho no trabalho sindical que estamos desenvolvendo. Será posto o debate em Assembléia Geral, e queremos ouvir as vozes dos trabalhadores: que grevaram em 2009, 2010, 2012; os que acompanharam a construção do PCCR em 2011; os que foram perseguidos por diretores; os que respondem processo administrativo indevido sem conhecimento prévio; aos que são explorados além de sua jornada de trabalho; Aos que não tem o direito de fala em seu local de trabalho; aos perseguidos politicamente por posições políticas coerentes relacionadas aos seus direitos trabalhistas; e bem como, aqueles que em 2009 fizeram campanhas nas escolas para o Ex- Secretário de Educação Ney Calandrini (PR) do Ex-Governo Maurino Magalhães (PR), iludidos com lista tríplice que sustentava a ideia que estava consolidando uma proposta democrática com viés de participação popular, que na prática nunca se concretizou. ELEIÇÕES DIRETAS JÁ! PELA REDEMOCRATIZAÇÃO EM NOSSAS ESCOLAS!

*É Secretária Geral do Sintepp-Marabá e membro da Direção Estadual e Regional.






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