O funcionalismo público de Marabá se prepara para um grande ato público do dia 07/12 em frente a Câmara Municipal dos Vereadores, onde está tramitando na casa legislativa, o PL 048/2020, que dispõe do aumento da alíquota de contribuição previdenciária do Regime Próprio municipal do Ipasemar que sairá de 11% para 14% descontado mensalmente do salário dos servidores, ocasionando uma perda de 27% nos rendimentos, sem sequer os trabalhadores terem recebido qualquer reajuste salarial ao longo dos últimos anos, a exemplo do nível médio.
Além desse desmonte do serviço público, há o trem desgovernado da Secretaria Municipal de Educação (Semed) junto ao Departamento de Ensino que se perderam em meio a pandemia com as atividades impressas, on-line e acompanhamentos pedagógicos.
A categoria está rejeitando o direcionamento da Semed com a Plataforma on-line, bem como repudiando as novas fichas de preenchimento que foram criadas para dar mais trabalho exaustivo aos servidores, configurando um trabalho abusivo por parte da secretaria.
Pior de tudo, é a implantação da plataforma neste momento em reta de final de ano, dando um indicativo, que não sairá do lugar, justamente pelos professores não terem nem tempo para as ditas aulas on-line, pois se encontram na correção dos inúmeros blocos de atividades de devolutivas para as escolas e das numerosas fichas de acompanhamento que precisam de preenchimento.
É lamentável a situação que chegamos na Educação pública de Marabá, onde falta sensibilidade a partir da nossa realidade em meio a pandemia. Os pais, alunos e todos os servidores das escolas seguem estressados com as atividades impressas, com algumas gestões autoritárias que pensam que a escola é sua e não flexibilizam as escalas de trabalho e a exigência com certas orientações dissonantes com o trabalho pedagógico.
A Semed cobra dos servidores o que a Prefeitura não paga. Faz uma cobrança totalmente fora dos padrões com um exagero e não mede um passo para avançar no quesito da valorização profissional.
Em meio à tudo isso, O Sintepp já alertava em meio à pandemia, que corria um sério risco dos servidores serem acometidos pela Covid-19 e sugerimos uma escala de 7 ou 14 dias de ida nas escolas somente para encaminhar situações necessárias, mas não, a Semed insistiu no retorno presencial dos servidores para as escolas, não quis abrir mão e agora, temos várias escolas com servidores com seus familiares doentes e com suspeitas da Covid-19.
As escolas que foram colocadas em quarentena suspenderam todos os trabalhos por conta da Covid-19, foram: NEI Chapeuzinho Vermelho, Escola Evandro Viana, Escola Adão Machado, bem como há casos suspeitos e confirmados na Escola Fátima Gadelha, Escola José Cursino, Escola Felipa Serrão, NEI Maria Clara machado, Escola Mendonça Virgulino, Escola Tio Ming, Escola Isaura Nocetti, Escola Maria Amélia e Escola Fé em Deus. Enquanto os colegas estão doentes, a Secretária de Educação se deu ao luxo de viajar, se ausentando totalmente de sua cadeira em um momento tão delicado como este. Será que ao menos fez uma ligação para a escola? Conversou com os servidores? A conta desses remédios quem deve pagar é no mínimo, a Semed, que não abriu mão do retorno presencial para as escolas. Será, que realmente está se importando com nossa saúde? Agentes de Portaria, Agentes de Serviços Gerais, Merendeiras, Secretários, Auxiliares de Secretaria, Mediadores, Professores, Diretores, Vice-Diretores, Coordenadores Pedagógicos e Orientadores Pedagógicos são os mais afetados pela Covid-19. Vamos encaminhar esta situação para o Ministério Público e denunciar os abusos da Semed com relação a pouca importância dada aos servidores em meio à pandemia.
Com todo o descaso, a categoria expressa seu profundo repúdio aos desmandos da Semed, fora da lei que tem causado aborrecimento, transtorno, prejuízos e sobrecarga de trabalho para todos a partir das políticas de desvalorização e precarização no trabalho.
Seguimos firmes no dia 07/12 ! Vamos à Luta!
Não aceitaremos sobrecarga de trabalho!
Pela Suspensão da Plataforma on-line, Já!
Descontar 14% do servidor sem reajustar os salários é um assalto!
A COORDENAÇÃO
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