São cinco anos de lutas e construção de identidade desse profissional que incorporou o quadro dos trabalhadores e trabalhadoras em educação pública de Marabá. O Sintepp Subsede de Marabá homenageia esse profissional com essa publicação.
Tecendo Pontes: O Papel do Profissional de Apoio-Mediador na Educação
Especial de Marabá
A inserção do profissional de apoio-mediador na rede municipal de Marabá representa um
marco significativo, alcançando cinco anos de atuação na educação especial no
município, com ênfase no atendimento aos alunos com Transtorno do Espectro
Autista (TEA).
A introdução dessa função
foi o resultado de um processo de lutas e do reconhecimento de sua importância
em um contexto educacional que, até então, não contemplava tal necessidade de
forma estruturada. Embora o concurso tenha ocorrido em 2019, o profissional de
apoio especializado passou a integrar oficialmente o quadro de colaboradores da
educação especial a partir de 2020, atendendo a uma crescente demanda por uma
educação mais inclusiva.
Essa medida reflete, na prática cotidiana das escolas,
o compromisso com a inclusão e o direito de todos ao acesso à educação de
qualidade.
A chegada do
profissional de apoio especializado mediador foi crucial para garantir que os
alunos com TEA recebessem a atenção e as adaptações necessárias para seu pleno
desenvolvimento. Seu papel vai além da simples assistência: esse profissional
trabalha em estreita colaboração com os professores do ensino comum, auxiliando
na adaptação dos materiais pedagógicos, criando estratégias de ensino
personalizadas e promovendo a participação efetiva dos alunos nas atividades
escolares.
Como destaca Mantoan (2003), "o papel do educador especializado
é essencial para a construção de uma escola para todos, pois ele atua como
mediador entre o aluno com necessidades específicas e o ambiente educacional,
garantindo que as barreiras físicas, sociais e pedagógicas sejam
superadas".
Além do suporte pedagógico, a atuação do profissional de apoio
especializado também se estende à adaptação do ambiente escolar. Isso inclui a
reorganização do espaço, a introdução de ferramentas de comunicação alternativa
e o ajuste do ritmo das atividades, de modo a facilitar a integração dos alunos
com TEA.
Nesse sentido, é fundamental compreender que a educação esoecial não
se limita apenas às adaptações curriculares, mas também exige uma transformação
no ambiente escolar, criando condições para que todos os alunos se sintam
acolhidos e respeitados.
Como enfatiza uma especialista da área, "a
educação inclusiva exige não apenas adaptações no conteúdo, mas também uma
transformação na forma como o ambiente escolar recebe e acolhe os alunos. O
profissional de apoio especializado é a chave para essa mudança."
No contexto da sala de aula, a parceria entre o profissional de apoio e
o professor do ensino comum, professores de Sala de Recursos Multifuncionais e
demais profissionais de apoio ,se torna
uma das maiores fortalezas para inserção do aluno. Juntos, eles desenvolvem
planos de ensino personalizados que atendem às necessidades específicas dos
alunos com TEA, tornando o processo de aprendizagem mais eficaz e acessível.
Essa colaboração reflete uma visão de educação que não só acolhe, mas também
potencializa o desenvolvimento de todos os alunos, garantindo que nenhum fique
para trás. Nesse cenário, a contribuição do profissional de apoio especializado
é decisiva para a construção de uma educação de qualidade para todos, nesse
pilar fundamental para o sucesso da inclusão educacional em Marabá.
Assim, celebrar esses cinco anos é reconhecer o impacto profundo que
essa mudança teve na vida dos alunos, das famílias e da comunidade escolar
Municipal de Marabá. Mais do que uma política pública, trata-se de uma vitória
coletiva, construída através de muito trabalho, empatia e o firme desejo de
transformar a realidade educacional para melhor. A luta ainda continua, mas
cada conquista é um passo significativo para uma educação mais inclusiva.
Thais Mendes Martins
Coordenadora Educação especial
Referencias:
Mantoan, M.
T. E. (2003). "A educação inclusiva: o que é? Por
quê? Como fazer?" Editora Vozes..